Brasilidade-Gilberto
Freyre
Os discursos desse autor apresentam uma preocupação em apresentar algumas hipóteses da gênese da sociedade brasileira, uma narrativa da construção da identidade brasileira. Há um significado intrínseco aos seus textos, que é o de servirem como veículo para ação política, e como fundamento para compreender o modo de ser brasileiro. Para Freire esse modo de ser formou a partir do modelo patriarcal e se deu a partir da influência da mistura de três culturas: européia (portuguesa), indígena e africana. Esse modelo patriarcal descrito por Freire foi considerado por muitos estudiosos sejam historiadores, antropólogos ou sociólogos como parâmetro para entendermos a formação e transformação da família brasileira ao longo dos séculos. Outros autores como Da Matta e Almeida destacam que o Patriarcalismo predomina não só no período colonial, mas também tem influência sobre o período da Independência, republica e no período moderno e contemporâneo brasileiro. Nos dias atuais o Brasil possui características muito diferentes daquele que caracterizava o modelo patriarcal: sociedade agrária e escravocrata, centrada na figura do pai. No entanto ainda existe no nosso modo de ser resquícios desse modelo através de alguns hábitos que foram passados por várias gerações
Levando-se em consideração o que o autor quer passar deve perceber a sua condição, melhor dizendo deve-se observar o momento específico em que aquilo foi produzido. Essa produção vai reproduzir percepções, impressões relacionadas ao Brasil e a sociedade brasileira de acordo com a época em que os textos foram produzidos.
Um livro que trata bem sobre as origens do que somos hoje, é “casa grande e senzala”, nessa obra podemos observar a realidade passada nessa unidade social. Nesse instituto que é a casa grande e a senzala, pode-se observar uma estrutura quase que auto-suficiente e auto reguladora, em que o senhor de engenho é a figura maior a ser respeitada.
O livro trata sobre a questão da miscigenação portuguesa e africana, o contato entre esses produz uma mistura de culturas, uma cultura assimila um pouco da outra, e nisso se produz um pouco do que somos hoje, há uma relação cultural absorvida do indígena também, como o fato de assimilar a farinha de mandioca da alimentação, a rede como utensílio para o descanso. Gilberto fala que a rede pode ser considerada uma manifestação artística do gosto de repouso, combinado com o prazer do movimento. Ele ainda menciona o patriarca na rede como a figura do ocioso, de manhã o patriarca na rede como a figura que dá ordens e de noite essa figura torna-se passiva e preguiçosa. É importante notar as relações pequenas e as imagens produzidas por elas em que Gilberto Freyre estabelece como a figura do balançar da rede que é similar ao movimento do colonizador indo de um lado para o outro. Essas figuras as vezes passam desapercebido para o leitor, mas ajudam a entender um pouco melhor o que o autor quer apresentar. O que dizer da curiosa figura do “bicho de pé” e da “boa coceira” imagem que significa uma relação de parasitismo em que o parasita encontra moradia e ao mesmo tempo dá prazer ao dono do pé. Imagem que representa o repouso do bicho de pé e o movimento do dono do pé, e mão que coça o bicho.
O quarto na casa grande é um símbolo bastante importante, quarto que guarda coisas, coisas que aparentemente não possuem valor nenhum. No entanto é depositário de uma biografia de uma história. O autor ainda compara a um barco, representando casa, moradia, que em movimento seria como a própria brasilidade. A casa maior seria como se fosse o próprio Brasil em busca da sua história e de sua identidade.
Observa-se que Gilberto Freyre constrói várias imagens para estabelecer em sua obra padrões de comportamentos que moldaram e consequentemente ajuda a entendermos a origem brasileira, um pouco de costumes que apresentamos ainda hoje, fruto de um passado de miscigenação entre portugueses, índios e africanos. Nisso pode ser presenciado em alguns hábitos que se possui ainda hoje como: descansar em rede em algumas regiões, comer alimentos derivados da farinha de mandioca, dentre outros.
Os discursos desse autor apresentam uma preocupação em apresentar algumas hipóteses da gênese da sociedade brasileira, uma narrativa da construção da identidade brasileira. Há um significado intrínseco aos seus textos, que é o de servirem como veículo para ação política, e como fundamento para compreender o modo de ser brasileiro. Para Freire esse modo de ser formou a partir do modelo patriarcal e se deu a partir da influência da mistura de três culturas: européia (portuguesa), indígena e africana. Esse modelo patriarcal descrito por Freire foi considerado por muitos estudiosos sejam historiadores, antropólogos ou sociólogos como parâmetro para entendermos a formação e transformação da família brasileira ao longo dos séculos. Outros autores como Da Matta e Almeida destacam que o Patriarcalismo predomina não só no período colonial, mas também tem influência sobre o período da Independência, republica e no período moderno e contemporâneo brasileiro. Nos dias atuais o Brasil possui características muito diferentes daquele que caracterizava o modelo patriarcal: sociedade agrária e escravocrata, centrada na figura do pai. No entanto ainda existe no nosso modo de ser resquícios desse modelo através de alguns hábitos que foram passados por várias gerações
Levando-se em consideração o que o autor quer passar deve perceber a sua condição, melhor dizendo deve-se observar o momento específico em que aquilo foi produzido. Essa produção vai reproduzir percepções, impressões relacionadas ao Brasil e a sociedade brasileira de acordo com a época em que os textos foram produzidos.
Um livro que trata bem sobre as origens do que somos hoje, é “casa grande e senzala”, nessa obra podemos observar a realidade passada nessa unidade social. Nesse instituto que é a casa grande e a senzala, pode-se observar uma estrutura quase que auto-suficiente e auto reguladora, em que o senhor de engenho é a figura maior a ser respeitada.
O livro trata sobre a questão da miscigenação portuguesa e africana, o contato entre esses produz uma mistura de culturas, uma cultura assimila um pouco da outra, e nisso se produz um pouco do que somos hoje, há uma relação cultural absorvida do indígena também, como o fato de assimilar a farinha de mandioca da alimentação, a rede como utensílio para o descanso. Gilberto fala que a rede pode ser considerada uma manifestação artística do gosto de repouso, combinado com o prazer do movimento. Ele ainda menciona o patriarca na rede como a figura do ocioso, de manhã o patriarca na rede como a figura que dá ordens e de noite essa figura torna-se passiva e preguiçosa. É importante notar as relações pequenas e as imagens produzidas por elas em que Gilberto Freyre estabelece como a figura do balançar da rede que é similar ao movimento do colonizador indo de um lado para o outro. Essas figuras as vezes passam desapercebido para o leitor, mas ajudam a entender um pouco melhor o que o autor quer apresentar. O que dizer da curiosa figura do “bicho de pé” e da “boa coceira” imagem que significa uma relação de parasitismo em que o parasita encontra moradia e ao mesmo tempo dá prazer ao dono do pé. Imagem que representa o repouso do bicho de pé e o movimento do dono do pé, e mão que coça o bicho.
O quarto na casa grande é um símbolo bastante importante, quarto que guarda coisas, coisas que aparentemente não possuem valor nenhum. No entanto é depositário de uma biografia de uma história. O autor ainda compara a um barco, representando casa, moradia, que em movimento seria como a própria brasilidade. A casa maior seria como se fosse o próprio Brasil em busca da sua história e de sua identidade.
Observa-se que Gilberto Freyre constrói várias imagens para estabelecer em sua obra padrões de comportamentos que moldaram e consequentemente ajuda a entendermos a origem brasileira, um pouco de costumes que apresentamos ainda hoje, fruto de um passado de miscigenação entre portugueses, índios e africanos. Nisso pode ser presenciado em alguns hábitos que se possui ainda hoje como: descansar em rede em algumas regiões, comer alimentos derivados da farinha de mandioca, dentre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário